quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

John Rawls e o Véu da Ignorância


John Rawls traz argumentos sobre a posição original na qual ele possui uma percepção mais abstrata do que as teorias do contrato social tradicionais, porque não se trata um contrato que funda a sociedade civil nem de um pressuposto estado de natureza, mas em sua teoria ele apresenta uma concepção de justiça que surge de um consenso original e estabelece princípios para a estrutura básica da sociedade democrática constitucional que já está instituída.
Esta posição original, que é uma situação hipotética, tem o propósito de mostrar que os princípios da justiça são o resultado de uma forma de escolha equitativa e com a argumentação de Rawls pressupõe que os representantes, pessoas livres e iguais sujeitas a restrições razoáveis escolham de modo racional os princípios da justiça. E para que esses princípios de justiça sejam escolhidos de forma imparcial e justa para todos, as pessoas não devem ter conhecimento de suas condições econômicas e sociais, e também devem estar sob um véu da ignorância:
“Entre as características essenciais dessa situação está o fato de que ninguém conhece seu lugar na sociedade, sua classe ou seu status social; e ninguém conhece sua sorte na distribuição de dotes e habilidades naturais, sua inteligência, força e coisas semelhantes. Presumirei até mesmo que as partes não conhecem suas concepções do bem nem suas propensões psicológicas especiais” (RAWLS, 2008, p. 14-15).
O véu da ignorância tem como objetivo principal garantir que na escolha dos princípios de justiça ninguém seja favorecido ou desfavorecido nesta sociedade que é marcada pelo pluralismo, ou seja, com o véu da ignorância ninguém iria se beneficiar na hora de justificar a escolha de princípios, porque não seria possível conhecer seu lugar presente e nem futuro na sociedade, não saberiam se eram ricos ou pobres, qual era sua raça, seu gênero, seu status social e nem se tinham talentos ou habilidades naturais.

domingo, 1 de dezembro de 2019

Feudalismo


Antecedentes
A queda do império romano, provocada por crises e por constantes invasões de povos germânicos, abalaram as fronteiras que fez o império romano chegar ao fim e pós isso, dá-se lugar a diversos reinos criando uma nova sociedade: a feudal.

Feudalismo
O Feudalismo foi um sistema político, econômico e social, que surgiu na Europa, entre o século V e XV, na Idade Média.
O sistema teria surgido a partir da junção de dois elementos que pertenciam a civilizações diferentes. O colonato representava o modo de produção exercido pelos romanos, no qual os camponeses produziam para os donos da terra em troca de proteção.
E o outro elemento era o comitatus, característica dos povos bárbaros, que consistia na relação de lealdade entre guerreiros e chefes tribais, e que serviu de inspiração para a relação desenvolvida entre os membros da nobreza no feudalismo.
Um dos motivos que levou ao surgimento do feudalismo foi o processo de ruralização e, além disso, a Igreja Católica tinha um grande poder e influência dentro dos feudos;


Economia feudal
A economia feudal era baseada principalmente na agricultura, sendo ela sustentada pelos servos, onde os senhores feudais (nobreza) eram os proprietários das terras.
-Agricultura autossuficiente sustentada pelos servos
-Existiam moedas, porém, eram pouco utilizadas
-Era comum as trocas de produtos e mercadorias
-O feudo era a base econômica deste período, pois quem tinha mais terra possuía mais poder
- Existia também artesanato que era útil na produção de equipamentos e ferramentas que seriam usadas domesticamente

Divisão do feudo
-Mansos servis: eram as terras em que os servos utilizavam para trabalhar e retirar seu sustento
-Reservas senhoriais: eram as terras exclusivas dos senhores feudais, e nessas terras era onde os servos tinham que ir alguns dias da semana trabalhar, sendo que tudo o que era cultivado nessas terras era destinado ao senhor feudal
-Campos abertos: eram onde ficavam as florestas onde os servos podiam coletar madeira, onde ficavam os bosques, os rios, os pastos, e esses campos eram usados por todos os habitantes do feudo

Características Estamentais
A sociedade era estamental, ou seja, não havia mobilidade, então quem nascia servo, morreria servo, e quem nascia nobre, morreria nobre. A sociedade era dividida em:
-Clero (os que oram): eles têm um monopólio da educação, domínio de toda a escritura e conhecimento cientifico da época
-Nobreza (os que guerreiam): composta basicamente por grandes senhores feudais e reis, donos de grandes reinos, também temos as cavalarias e os militares que cuidam da proteção dos reinos e dos feudos. Essa nobreza é a possuidora das grandes terras do período
-Servos e camponeses (os que trabalham): são os que procuram senhores através de um tratado vassalico onde eles passam a ficar atrelados a terra produzindo para o senhor em busca de proteção.

Relações de suserania e vassalagem
A relação de Suserania e Vassalagem era a base de funcionamento do feudalismo, tendo surgido das tradições dos povos germânicos. -Entre os nobres, juramento de fidelidade
-Suserano (doa as terras)
-Vassalo (fidelidade militar ao seu suserano)
Eram feitas através de suserania e vassalagem, um rei que já havia grande propriedades poderia ceder a um outro nobre em troca de sua fidelidade quando precisasse (na maioria das vezes para guerras) sempre estaria aposto com seu próprio exército, assim, em troca ganhava um "pedaço" de terra para construir seu feudo.
A cerimônia realiza era o rei (suserano) sentado em seu trono e o nobre (vassalo) de joelhos entregando sua espada - simbolizando seu comprometimento com a guerra - em troca recebia um punhado de terra - simbolizando a terra que recebia - e por último selavam o acordo com um beijo na boca, para demonstrar a fidelidade.
Você pode ser um suserano e ter vários vassalos, e os seus vassalos também podem doar terras para outros nobres. Então, quem é vassalo também pode se tornar suserano, e seus vassalos podem doar terras e por aí vai.

Obrigações Feudais
Os servos precisavam pagar alguns impostos aos senhores feudais, alguns desses impostos são:
Talha: Entregar metade da colheita produzidas pelo servo para o senhor feudal.
Corveia: de 3 a 4 dias da semana o servo deve ir na terra do senhor feudal e trabalhar de graça para ele
Banalidades: Impostos que o servo tem que pagar ao usar as ferramentas do senhor feudal, como, o moinho de vento, a enxada, pá e o forno.
Mão-morta: Quando um servo morria, seus herdeiros pagavam uma taxa para o senhor feudal a fim de continuar na terra e assumir no lugar do falecido.
Tostão de Pedro (10% da produção), que o servo devia pagar à Igreja.

Crise
-Instabilidade climática causada pelo desmatamento das florestas
-Propagação da peste negra: matou quase 1/3 da população europeia
-Escassez dos metais preciosos
-Eclosão da guerra dos cem anos

Igreja
-Detentora de terras (o papa passa a ser o maior detentor de terras)
-Tribunal do Santo Ofício
-Cristandade X judeus mulçumanos

Capitalismo: Comercial, Industrial e Financeiro

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